quinta-feira, 14 de julho de 2011

Corda bamba

Equilibrando na corda bamba que é a vida,
Onde a leveza do ser não extingue os erros.
Sustos, saltos, incertezas,
e os tombos são inevitáveis.
Caminho de mãos dadas com o destino,
como dois irmãos inseparáveis,
Olhando e seguindo adiante,
observando, no horizonte, a aurora
De outros tempos que virão
Com a perspectiva ótica de outrora,
com pegadas e cicatrizes
Cravadas na areia movediça que é o coração.

sábado, 4 de junho de 2011

Um devaneio! Simples devaneio.

Passageiros do Universo

Tudo se vai.
Esvai no ar.
O que fica são as poesias,
Palavras,
Saudades e sentimentos.
O desejo de voltar no
tempo
E não mudar nada,
Vivenciar tudo outra vez.
Tempo.
Quanto tempo penso nisso.
Presente, passado e futuro,
Unidos e vividos ao mesmo
Tempo.
Passageiros do universo
Na astronave mãe da nossa história.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Publicado no Editorial Ponto e Vírgula.

Águas de Minas

Emanando luz na escuridão da sede,
Envolvendo em paz o temor da falta.
Cristalina serpente nos morros de minas,
Alimentada por gotículas brilhantes
Caídas do céu.
Rio das Mortes, fonte e base da vida.
Em suas margens estão abraços
De chegada e de partida.
Com a dádiva do provimento em mãos,
Clama por mãos da consciência
Que o ajude em seu percurso.
A sina da providência.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Disfarce.

Bandidos armados
Disfarçados de poder
Trajando fardas e andando em blindados
Matando sem ao menos conhecer.

Realidade vergonhosa,
Injusta e sem sentido.
Forma milícia poderosa,
E chamam todos de bandido.

Não conhecem a dignidade,
Ditam ordens sem respeito.
Não enxergam a realidade,
Pois carregam o preconceito.

Promovem a violência,
Usam o estado como escudo.
Fere a cidadania
E inquieta todo mundo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Pelo II Café Literário...

A liberdade como problema

A torneira seca
(mas pior: a falta de sede)

A luz apagada
( mas pior: o gosto do escuro)

A porta fechada
( mas pior: a chave por dentro) 

José Paulo Paes

Que seja assim

Se for saudade que seja doce
E em dose dupla.
Pura, com apenas dois
Cubos de gelo.

A distância impulsiona
Nosso sentido reproduz,
Na manha de inverno típico
Com poucos raios de luz.

Entra sem bater na porta,
Sai sem pedir licença.
As pulsações inesperadas
Marcam o momento da presença.
(Ygor Sas)

domingo, 13 de março de 2011

Poema já postado em: http://percepcoesintimistas.blogspot.com

Encarcerados

Guardados,
Acompanhados de amigos e ratos.
Deitados,
Mas com os olhos abertos.

Calados,
Tremendo na noite fria.
Apressados,
Esperando os raios do dia.

Humilhados,
Jogados ao acaso.
Abandonados,
Sofrendo com o descaso.

Dizem,
Que erros são cometidos.
Mas,
Que podem ser perdoados.

sábado, 5 de março de 2011


HILDA


Hilda,
Como os sopros teus me fazem falta.
Agora vejo a lua, reluzir minha janela com raios prateados, e com suspiros dourados
lembro-me da sua companhia.
Bom seria se seus cheiros estivessem no ar, Hilda.
Suas poesias naturais, escritas no vento com pinceis de vida, transformam o gris das horas em arco-íris de emoção.
Onde a lua te levou?
Qual foi o seu caminho?
Nas madrugadas de solidão, faço da saudade um hino de construção. Construindo e alimentando meus sonhos surreais, buscando na memória seus passos e palavras que fizeram parte de luas minhas.
Penso o quão bom seria se você aqui estivesse, olhando o luar e as estrelas, fazendo-me companhia.
Mesmo distante, sinto-te presente dentro de mim.  E mesmo que nosso encontro nunca aconteça, suas poesias estarão gravadas na parede da lembrança.