HILDA
Hilda,
Como os sopros teus me fazem falta.
Agora vejo a lua, reluzir minha janela com raios prateados, e com suspiros dourados
lembro-me da sua companhia.
Bom seria se seus cheiros estivessem no ar, Hilda.
Suas poesias naturais, escritas no vento com pinceis de vida, transformam o gris das horas em arco-íris de emoção.
Onde a lua te levou?
Qual foi o seu caminho?
Nas madrugadas de solidão, faço da saudade um hino de construção. Construindo e alimentando meus sonhos surreais, buscando na memória seus passos e palavras que fizeram parte de luas minhas.
Penso o quão bom seria se você aqui estivesse, olhando o luar e as estrelas, fazendo-me companhia.
Mesmo distante, sinto-te presente dentro de mim. E mesmo que nosso encontro nunca aconteça, suas poesias estarão gravadas na parede da lembrança.